Atualmente, Hollywood está enfrentando um momento delicado. A greve do Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA) já se estende por mais de 92 dias e, pelo visto, uma resolução parece distante. Segundo a Variety, as negociações entre o sindicato e os estúdios, representados pela AMPTP, estagnaram após a reunião de 11 de outubro.
Em meio a esse cenário, o SAG-AFTRA lançou acusações pesadas contra os estúdios, chamando suas ações de “intimidação”. Eles alegam que os estúdios não só ignoraram sua última proposta, mas também afirmam: “Eles apresentaram uma oferta até inferior à pré-greve”.
No centro dessa controvérsia, está a disputa sobre a receita de streaming. Por um lado, a AMPTP estima essa receita em U$800 milhões por ano. Por outro, o SAG-AFTRA contesta esse número, acreditando que esse valor está superestimado em 60%. Além disso, o sindicato defende que sua proposta custaria apenas 57 centavos por assinante anualmente.
Adicionalmente, o sindicato está pressionando para obter uma parte da receita de todas as produções, não apenas as exclusivas para streaming, mas também as licenciadas.
Em resposta, a AMPTP divulgou uma nota. Eles declararam: “A diferença entre nós e o SAG-AFTRA é grande. Esperamos sinceramente que eles reconsiderem e voltem a negociar”.
Para colocar em perspectiva, a greve atual está prestes a superar a de 1980, que durou 95 dias. Durante esse período, muitos filmes foram interrompidos e atores sindicalizados evitaram eventos de imprensa.
Desde seu início em 13 de julho, os atores têm reivindicado novas regras de pagamento e proteções contra o uso de inteligência artificial em produções.
Diante de tudo isso, a situação permanece incerta. Enquanto os atores buscam melhores condições, os estúdios estão focados em maximizar seus lucros em um mercado em constante transformação. O desfecho dessa greve tem o potencial de redefinir a indústria cinematográfica.