Joe Russo, conhecido por dirigir sucessos como Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato, é um entusiasta de ficção científica. Recentemente, ele fez uma previsão sobre como a Inteligência Artificial (IA) pode e provavelmente irá transformar a indústria cinematográfica.
Durante um painel sobre cinema promovido pela Collider, o diretor conversou com o desenvolvedor Donald Mustard, que trabalha atualmente no popular jogo Fortnite para a Epic Games, e abordou questões relacionadas ao progresso da narrativa com o auxílio da tecnologia. Russo estima que, em aproximadamente dois anos, a IA já estará apta a produzir filmes.
O cineasta acredita que as pessoas poderão utilizar essa tecnologia não apenas para criar histórias, mas também para modificá-las. Isso se deve, em grande parte, ao fato de já existir uma geração que cresceu ao lado desses dispositivos e não tem receio das inovações.
“Você poderia chegar em casa e pedir à IA na sua plataforma de streaming: ‘Ei, eu quero um filme estrelado pelo meu avatar fotorrealista e um avatar fotorrealista da Marilyn Monroe. Eu quero que seja uma comédia romântica, porque tive um dia difícil'”, exemplificou Joe Russo.
Inteligência Artificial: aliada ou vilã?
O assunto surgiu após uma série de perguntas sobre o ChatGPT. Apesar dessa ferramenta trazer possibilidades antes inimagináveis, muitos especialistas já expressaram preocupação em relação ao debate ético acerca desse tipo de tecnologia.
Os deepfakes continuam sendo um problema concreto, tendo afetado a política e o entretenimento em várias ocasiões. Um filme produzido inteiramente por Inteligência Artificial geraria ainda mais debates para artistas e profissionais reais. Contudo, há aqueles com visões contrárias que defendem que isso é apenas uma evolução natural da tecnologia, como todas as demais.
Russo não demonstra preocupação com eventuais aspectos negativos dessa evolução. O diretor ainda enfatiza que “[…] será necessário ter IA na sua vida, pois, independentemente de querermos ou não ver isso acontecer, indivíduos não tão benevolentes podem desenvolvê-la de qualquer maneira. Portanto, estaremos nesse futuro. A questão é: como nos protegeremos nesse futuro?”