James Cameron disse que seu novo filme, Avatar: O Caminho da Água, traz mais empoderamento feminino do que filmes de heroínas como Mulher-Maravilha e Capitã Marvel. O diretor faz elogios as personagens da DC e Marvel, mas diz que apenas ele colocou uma grávida no campo de batalha.
“Todo mundo está sempre falando sobre o empoderamento feminino”, disse Cameron à revista Variety. “Mas qual é a parte tão importante da vida de uma mulher que nós, como homens, não vivenciamos? E eu pensei: ‘Bem, se você realmente vai descer na toca do coelho do empoderamento feminino, vamos ter uma guerreira que está grávida de seis meses na batalha.’”
“Isso não acontece em nossa sociedade – provavelmente não acontece há centenas de anos. Mas eu garanto a você, antigamente, as mulheres tinham que lutar pela sobrevivência e proteger seus filhos, e não importava se estivessem grávidas”, continuou Cameron. “E as mulheres grávidas são mais capazes de serem muito mais atléticas do que nós, como uma cultura, reconhecemos. Eu pensei, ‘Vamos tirar os verdadeiros limites’. Para mim, foi o último bastião que você não vê. Mulher Maravilha e Capitã Marvel – todas essas outras mulheres incríveis aparecem, mas elas não são mães e não estão grávidas enquanto lutam contra o mal.”
O diretor se refere a personagem Ronal, de Kate Winslet. A guerreira aparecerá pela primeira vez no segundo filme da possível saga e é uma mergulhadora e líder espiritual dos Metkayina.
Em 2017, antes de ambos os filmes de quadrinho estrearem, o cineasta fez críticas a Mulher Maravilha: “Ela é um ícone objetificado, é a Hollywood masculina fazendo a mesma coisa de sempre! Não estou dizendo que não gostei do filme, mas, para mim, é um passo para trás”.
O diretor, então, lembrou de Sarah Connor, de O Exterminador do Futuro, produção que dirigiu. “Ela não era um ícone de beleza. Era forte, com problemas, uma mãe terrível e ela ganhou o respeito do público. Para mim, [o benefício de personagens como Sarah] é tão óbvio. Quer dizer, metade do público é feminino.”