O dia 8 de março representa a luta por direitos iguais entre os gêneros. Essa luta envolve todos os campos da sociedade, desde o votar até o poder andar livremente nas ruas sem sentir medo. Mas o medo é um grande impulsor na construção de mulheres fortes, por não termos opções, nos põe em posição de rompimento com os papéis a nós designados. E não poderia ser diferente no mundo dos cinemas. As mulheres nesse meio foram, por muito tempo, sexualizadas e transformadas em apenas corpos pertencentes à terceiros. Mas não se engane! Estamos em uma jornada que busca espaços, e agora, mais do que nunca, podemos procurar personagens que nos espelham para além de nossos corpos. Pensando nisso, separei algumas obras cinematográficas que me inspiram, de certa forma e me fazem lembrar que posso ser a mulher que eu preciso e consigo ser, no meu próprio tempo. Vamos lá?
FILMES:
- JÁ NÃO ME SINTO EM CASA NESSE MUNDO (2017)
Você já se sentiu cansada do mundo? Com aquela vontade de largar tudo, gritar, ficar na posição fetal? Cansada de tanta “merda”? Pois é assim que a protagonista de Já não me sinto em casa nesse mundo se sente. O filme nos mostra a personagem Ruth (Melanie Lynskey) passando por um momento depressivo, com crises existenciais. Logo no início, Ruth tem sua casa arrombada e roubada e assim que percebe a desordem de seus pertences, vai à polícia. Porém, ao chegar à delegacia, ela se depara com o desdém da polícia em querer solucionar o caso. Decidida a ter de volta tudo aquilo que lhe foi tirado, Ruth vai por si só atrás dos bandidos. Ela se une ao Tony (Elijah Wood), que abraça totalmente a causa e a ajuda até o final. Esse filme vem de encontro com aquele desanimo de tudo e ao mesmo tempo vontade de tudo, com pitadas de humor. Vale muito a pena conferir!
ONDE ASSISTIR: Netflix.
2. MALUCA PAIXÃO (2009)
Nem só de crise existencial se vive, não é? O filme Maluca Paixão é aquela comédia romântica tão fluída que bate uma leveza quando acaba. Nele podemos conferir Mary Horowitz (Sandra Bullock), uma criadora de palavras cruzadas dotada de conhecimentos diversos, considerados por muitos como inúteis. Mary é excêntrica, fala muito, mas não se dá bem em seus relacionamentos. Depois de um encontro às cegas com Steve (Bradley Cooper), um cinegrafista, ela instantaneamente se apaixona e acredita serem almas gêmeas. A partir disso conferimos as perseguições de Mary por Steve. Ele está em constantes viagens devido à profissão, dessa forma, Mary vai onde Steve está. Porém, o sentimento não é recíproco; Steve não gosta de Mary o quanto ela deseja. Durante o percurso todo, Mary faz novos amigos que a ajudam a refletir se vale mesmo a pena perseguir tanto alguém que não demonstra a mesma vontade. Vale muito a pena conferir!
ONDE ASSISTIR: Telecine ou… você já sabe.
SÉRIES
- JÉSSICA JONES (2015)
Jéssica Jones/Divulgação
Do universo Marvel, mas calma. Nesta série original Netflix não vemos uma típica heroína do UCM. Ela não veste capa, nem sempre tudo dá certo. Ao contrário, em Jéssica Jones (Kristen Ritter), acompanhamos o declínio da protagonista após um longo relacionamento abusivo. Jéssica abre sua própria agência de detetive para averiguar crimes de sua cidade, utilizando-se de sua força sobre humana quando lhe é necessário. Esta série vale por todas as questões levantadas que vai desde traumas sombrios, a estupros e agressões. Podemos fazer analogias com as habilidades de alguns personagens com o que muitas mulheres passam no mundo real.
ONDE ASSISTIR: Netflix
2. GILMORE GIRLS (2000)
Essa é para maratonar! Em Gilmore Girls acompanhamos a trajetória de Lorelai Gilmore (Lauren Graham), que engravida aos 16 anos e causa um grande conflito com seus pais ricos e conservadores. Forçada a se casar, Lorelai foge de casa e se dedica a criar sua filha Rory (Alex Bledel), sozinha. E aqui conferimos uma jornada recheada de humor, reflexão, empoderamento feminino e também frustrações. A série já se inicia com Rory adolescente, uma jovem estudiosa com o sonho de entrar em alguma grande universidade. Ao longo dos episódios vivemos com Rory e Lorelai uma intensa amizade entre mãe e filha que passa por todos os dilemas da adolescência e também de uma vida de mãe solteira. Você já pode preparar a pipoca para relaxar, se distrair e também pensar com essa comédia dramática.
ONDE ASSISTIR: Netflix.
Ainda tem muitas obras que gostaria de incluir nesta lista. Deixarei aqui alguns nomes para caso você queira alternativas:
Filmes:
O gato desaparece
Os homens que não amavam as mulheres
As sufragistas
Minisséries:
Boneca Russa
A desordem que ficou
O Gambito da Rainha
Séries:
Orphan Black
Anne com E
Brooklyn 99
Você também pode indicar algum filme, série ou anime com mulheres fortes nos comentários abaixo: