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Com um primeiro episódio cheio de mistério, a nova série da Disney+ destoa das séries Marvel de 2021, com uma queda nas auto-referências e com um clima de suspense.
Estrelando Oscar Isaac como Steven Grant/Marc Spector, o episódio de estréia consegue um feito não antes usado nas séries Marvel, um primeiro episódio que prende o espectador, sem entregar muito e sem depender do histórico do UCM. O que pode ser estranho para uns e bom para outros, até o momento, Cavaleiro da Lua é uma série que pode se passar por uma série que não é da Marvel.
Entre os momentos memoráveis do episódio, o grande destaque vai para a cena do vilarejo/perseguição de carro. Toda uma sequência de ação sem ação, propriamente dita. Steven sofre de transtorno dissociativo de identidade, então, ora é Steven no controle e ora é Marc, mas a melhor parte (e decisão de direção) é que Marc “não aparece”, toda vez que Steven troca com Marc, logo aparece retomando para Steven, só acompanhamos o que Marc fez. Essa lacuna nas cenas causa uma sensação de curiosidade e de prazer, já que se torna agradável (e divertido) acompanhar as trocas.
Esse mix de trocas de identidade é marcado por outra característica do episódio: a falta de cena de ação, em uma série que se propõe a oferecer ação. Toda cena de ação acontece longe das telas, com pouca excessão. E isso é bom, mantém o mistério da série e instiga o espectador.
Somando, positivamente, outra ótima decisão são os espelhos, principalmente no final do episódio, que remetem a ideia de várias personalidades. O recurso já foi utilizado em divrsas obras do cinema, mas aqui há um diferencial, em uma das cenas, há uma série de jogadas visuais com espelhos, de modo que não dá para saber, a primeira vista, o que é o espelho, isso até a cena se desenvolver.
Cavaleiro da Lua marca uma nova proposta da Marvel, com decisões estéticas relevantes e conceitos distintos do habitual, como o suspense e o misticismo. A série está sendo lançada semanalmente pelo Disney+.
