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Sony diz que não tem como criar um rival efetivo para o Game Pass

(Reprodução)

Respostas oficiais da Sony ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica do Brasil (via ResetEra) forneceram informações sobre o que a empresa acha da compra da Activision Blizzard pela Microsoft, do Game Pass e também da franquia Call of Duty.

Para a Sony, o Game Pass cresceu rapidamente porque a Microsoft comprou vários estúdios desde 2017. Na visão dela, adicionar os jogos da Activision ao serviço “representaria um ponto de inflexão”.

A empresa nipônica assumiu que não há como rivalizar diretamente com o Game Pass, observando que “levaria vários anos para um concorrente – mesmo com investimentos substanciais – criar um rival efetivo para o Game Pass”.

Além disso, a Sony declarou que Call of Duty “é um jogo essencial” e “um AAA que não tem rival”, sendo “tão popular que influencia a escolha do console pelos usuários e sua rede de usuários é tão arraigada que, mesmo que um concorrente tivesse orçamento para desenvolver um produto semelhante, não seria capaz de rivalizar”.

“Cada lançamento anual de Call of Duty leva aproximadamente de 3 a 5 anos para ser desenvolvido. Como a Activision lança um jogo de Call of Duty por ano, isso equivale a um investimento anual de centenas de milhões de dólares”.

“Aproximadamente 1.200 pessoas trabalham no desenvolvimento de cada versão e outras 1.500 estão envolvidas na publicação e distribuição. Assim, Call of Duty por si só tem mais desenvolvedores do que a maioria das empresas de jogos empregam em todo o seu portfólio de desenvolvimento, até mesmo estúdios AAA”.

“Ainda, tendo em vista seus planos de recrutar 2.000 desenvolvedores adicionais em 2021, a Activision provavelmente espera que Call of Duty obtenha ainda mais sucesso no futuro. Nenhum outro desenvolvedor pode destinar o mesmo nível de recursos e expertise no desenvolvimento de jogos. Mesmo que pudessem, Call of Duty está sobremodo entrincheirado, de modo que nenhum rival – não importa quão relevante – pode alcançá-lo”.

A Sony também afirmou que Call of Duty tem sido o jogo mais vendido por quase todos os anos na última década, dizendo inclusive que dificilmente seus jogadores mudariam para outro game.

“Call of Duty foi o jogo de maior venda por quase todos os anos na última década e, para seu gênero, é esmagadoramente o jogo mais vendido. É sinônimo de jogos de tiro em primeira pessoa e essencialmente define essa categoria. Isso também é demonstrado pelo engajamento dos jogadores nas mídias sociais: Call of Duty tem mais de 24 milhões de seguidores no Facebook contra 7 milhões de Battlefield; e mais de 12 milhões de seguidores no Instagram contra 2 milhões de Battlefield”.

“Para dizer o mínimo, os jogadores dificilmente mudariam para jogos alternativos, pois perderiam essa familiaridade, essas habilidades e até os amigos que fizeram ao jogar o jogo”.

Todas estas respostas mostram o motivo da Microsoft manter Call of Duty no PlayStation, mesmo após a compra da Activision Blizzard ser concluída. A Sony claramente demonstra estar preocupada com o que vai acontecer com as vendas do jogo na sua plataforma a partir do momento em que a franquia começar a ser oferecida sem custo extra aos assinantes do Game Pass.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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